CONTO ERÓTICO
O ônibus sacolejava, inquieto, e eu sentia cada lombada, cada buraco, cada pedra que ele encontrava pela estrada. Quem mandou comprar a passagem atrasado e sair tarde da noite? Dá nisso!
Sentar na última poltrona era um saco. Bem em cima da roda traseira! Freadas, acelerações, sacolejos... E a porta do banheiro... Ah, a porta! Entra gente, sai gente, luz quase na cara, afora os sedentos que abrem o refrigerador, também ali do lado, pra pegar uma “aguinha”.
Eu tinha de trabalhar na segunda-feira. Queria dormir no ônibus, já que ia direto pro escritório, mas pouco conseguia pregar o olho. Meu único consolo foi ter pegado uma poltrona ao lado da morenaça que sentava no corredor. Peitos perfeitos e generosos, cintura fina que se exibia embaixo do top com direito a piercing no umbigo, cabelos compridos e boca pintada de vermelho vivo, os lábios grossos em forma de coração. Meu desejo era tirar uma casquinha enquanto ela estivesse em seu cochilo e todas as luzes do ônibus fossem apagadas.
Hesitei durante metade da viagem, mas resolvi pôr meu plano em ação logo depois da parada para o lanche. Quinze minutos. Fui comer uma torta, e ela não desceu. Dormia o sono dos anjos, em seu rosto divino e sereno.
Na volta, pedi licença para chegar à minha poltrona, na janela. Ela mal abriu o olho, deu licença e, cinco minutos depois, voltava a seu sono pesado e contido. Comecei a agir. Fingi dormir e fui levando minha mão ao braço que dividia as poltronas. Encostei nas mãos dela. Nenhuma reação.
Tentei com as pernas. Pus minha canela em contato com a sua, que a saia deixava à mostra. Nenhuma reação. Tomado de coragem, pus a mão em suas coxas e resolvi subir até à calcinha, que percebi ser de renda. Ela permaneceu imóvel, mas quem se assustou fui eu. Coberto pelo fino tecido, estava um pau duríssimo, maior que o meu, e que babava.
Foi, então, que percebi que ela havia acordado. “Continua”, suspirou no meu ouvido. Tentei recuar, mas a delicadeza de sua mão, envolvendo-me a nuca, me convenceu. Em segundos, eu já fazia meu primeiro boquete, na escuridão de um ônibus de viagem sacolejando pela madrugada.
Samantha – esse era seu nome – deixou escapar um gemido maldisfarçado. Alguém na poltrona da frente fez que ia se mover, mas não olhou pra trás, e ela deixou seu gozo inundar minha boca. Por fim, nos entregamos a um delicioso beijo, molhado e lambuzado.
Naquela manhã, eu não fui trabalhar. Desembarquei e dormi na casa de Samantha – e embarquei numa deliciosa e ardente história de amor.
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