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A primeira chupada

[PRIMEIRA VEZ] -

A primeira chupada

CONTO ERÓTICO

A primeira chupada

Por Roberto Prada

 

Durante anos, minha vida sexual foi bem água-com-açúcar, sem grandes aventuras, nem grandes emoções – mas, de uns tempos para cá, tudo mudou. Meu bom e velho amigo Alcides me mostrou que tudo podia ser bem mais animado, bem mais excitante. Foi ele que me apresentou Rosana, uma bela travesti com quem saía.

As lembranças de Rosana passaram a povoar minha cabeça. Algumas vezes, cercadas de culpa, o que me fazia perder o sono. Outras vezes, esquecia a culpa e ficava tão excitado que tinha de me levantar no meio da noite e me masturbar seguidas vezes para, enfim, conseguir dormir.

Naquela sexta-feira, Alcides, como de costume, me chamou para descermos e batermos um papo, tomando o já tradicional chopinho “pré-final de semana”. Resolvi que sairia, sim, mas sem o Alcides.

Precisava espairecer, descansar um pouco. Tomar umas cervejas tranqüilamente, onde ninguém me conhecesse, e apenas observar o movimento. Senti-me mal, mas disse ao meu colega que ficaria até mais tarde resolvendo umas pendências, ou teria de trabalhar durante o domingo. Sem desconfiar de nada, ele respondeu que tudo bem, que sairia, então, com o pessoal do seu departamento.

Normalmente, deixo o escritório por volta das 18 horas às sextas-feiras. Naquele dia, porém, prolonguei-me até às 21 horas, quando já não havia mais ninguém por ali. Desci, peguei meu carro e comecei a procurar um lugar interessante para ficar sozinho. Fui até a região do centro velho de São Paulo, perto do Largo do Arouche.

 

 

Parei em um barzinho agradável. Fiquei por ali, ouvindo um pouco de música ao vivo, e me esqueci da hora. Quando vi, já eram mais de duas da manhã. Pedi a conta ao garçom, um rapaz jovem de uns vinte e poucos anos. Ele, tentando ser simpático, sugeriu:

– Senhor, há uma boa festa aqui perto. É um tipo de festa diferente, que começa lá pelas três ou quatro horas da manhã. Não deve ter o tipo de música que alguém como o senhor parece gostar, mas o senhor não está muito a fim de ir para casa tão cedo, não é?

Como nunca tenho nada de importante para fazer aos sábados pela manhã, resolvi aceitar o convite. O rapaz tinha razão. O lugar era apertado, muito abafado e escuro. Não era o tipo de festa que eu costumo ir, e a música não era a que eu esperava, mas um som eletrônico, alto.

O garçom, entretanto, estava certo também em outra coisa: eu estava a fim de diversão. Fiquei por ali, observando, conversando, tentando dançar. Até que notei, do outro lado do salão, uma loira fenomenal, maravilhosa, como poucas vezes havia visto na vida.

Não tive dúvidas: parti para a ofensiva. Chamava-se Camila. Alta, bonita, lábios carnudos. Os seios não eram tão grandes, mas tinham formas perfeitas. Eram lindos. As coxas grossas, do jeito que eu gosto, terminavam em uma bunda de parar o trânsito. A barriga era definida, com um piercing no umbigo. Enfim, a receita do pecado. Poucos minutos após o início da conversa, e nos beijamos ardentemente.

Ela logo parou tudo e disse:

– Olha, não fica nervoso com o que eu vou te contar... Mas eu não sou toda mulher.

 

 

Saquei o recado e parei alguns minutos para pensar. Ela ficou me olhando, apreensiva. Linda. O desejo falou mais forte e joguei tudo para o ar. Agarrei-a pelo braço e saímos direto para o meu apartamento.

Antes mesmo de chegar ao quarto, arranquei suas roupas e me assustei com o tamanho de seu dote. Acho que nunca havia visto, fosse em vestiários de clubes, com o pessoal do futebol ou em filmes pornôs, um pau daquele tamanho.

Apoiei Camila com a barriga sobre a mesa, de modo que aquele bumbum redondo e perfeito ficasse completamente à minha mercê. Enfiei sem dó, de uma só vez, e ela gemeu de dor por entre os dentes, mas eu estava tão excitado que nem me passou pela cabeça parar.

Continuei estocando, sem dó, várias e várias vezes. Ela arqueava as costas, em um misto de sofrimento e prazer. Não consegui segurar muito tempo e gozei duas vezes seguidas. Sentei-me no sofá, completamente exaurido, com ela ao meu lado.

Continuamos nos acariciando, Camila com a mão em meu pau, ora batendo punheta, ora abaixando a cabeça e chupando com voracidade. Foi quando ela pediu, com carinha de safada e com uma voz extremamente sedutora, que a chupasse. Disse que só assim conseguiria chegar ao orgasmo.

Não sei como, talvez pelo excesso de álcool, talvez em agradecimento pelo sexo memorável que acabáramos de fazer, mas obedeci. Com ela sentada no sofá, ajoelhei-me no chão, peguei aquele membro enorme e coloquei na boca.

 

 

Era uma sensação nova para mim, mas era gostosa. Fazia de tudo para deixá-lo bem lubrificado, passando a língua por toda sua extensão, dando leves mordiscadas na cabecinha. Com uma das mãos, enfiei dois dedos inteiros em seu cu. Com a outra, batia uma punheta. Às vezes, olhava para ela, que delirava de prazer, e continuava meu trabalho.

Senti que sua respiração acelerava, a temperatura aumentava. Ela tremia. Camila estava perto do clímax. Acelerei os movimentos e rapidamente senti o primeiro jato de porra em minha boca. Apenas fechei os olhos e esperei que ela terminasse. Em seguida, com uma cara impossível de resistir, Camila pediu que eu engolisse. Mais uma vez, obedeci.

Na seqüência, fizemos sexo mais algumas vezes aquela noite, e ela me deu orgasmos como jamais havia sentido. Não contei aquilo pra mais ninguém, nem mesmo pro Alcides. Tenho medo da reação das pessoas, mas continuo me encontrando com a boneca.

Conversamos, bebemos, comemos e fazemos sexo como jamais uma mulher conseguiria fazer. Não temos um relacionamento fiel; ela tem outros homens, e eu, as mulheres – mas continuo preferindo as bonecas.


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